sábado, 23 de agosto de 2008
La Dernière Minute.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
'I thought that I'm a fool for nothing, But oh baby I'm a fool for you'
Então o dia chegou. E a hora chegou (com uma hora de atraso). E apesar de reclamarem, a espera faz bem. Pois quando a verdadeira hora chega, não há felicidade maior nem melhor. É incrível como é fácil ser feliz. Minto. É difícil. Existem muitos obstáculos e sofrimentos e tentativas frustradas. Tantas lágrimas derramadas, tantos corações machucados e traumatizados. Pessoas que desistem dos sonhos e dos amores.
Mas, me ouçam, vale a pena! Quando você consegue o que quer, toda a espera parece tão pequena que nem merece parágrafos longos e nem muitas palavras.
E acontece que mesmo estando tudo entregue numa bandeija, tudo parece muito confuso. Você olha tanta coisa e parece pouco. E o pouco parece muito. O pequeno parece enorme. Você sente como se fosse impotente diante de tantas dúvidas. E quando você olha pra'quela conversa que tiveram você percebe como foi estúpido. Mas você é humano. Você erra e sabe que é sujeito a tais erros. Cabe a você consertá-los.
Mas o tempo ainda importa. As dúvidas ainda aparecem. A confusão é como uma picada de inseto. É pequena. Parece infame. Mas te incomoda de uma maneira que é impossível descrever.
Porém eu acredito. Você acredita. E isso basta. Penso eu.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Li-ber-da-de!
Os dedicados guardas municipais, sempre alertas, dão-lhes caça dia e noite. Numa dessas últimas madrugadas abriram fogo contra um estudante que, com broxa e piche, tinha começado a pintar um palavrão num muro da rua Voluntário da Pátria. Na calçada, no lugar em que o rapaz caiu, ficou uma larga mancha de sangue enegrecido, na qual a imaginação popular - talvez sugestionada por elementos da esquerda - julgou ver a configuração do Brasil. (É assim que nascem os mitos.)
Cedo, na manhã seguinte, empregados da prefeitura vieram limpar a calçada dessa feia mácula, e quando começaram a raspar do muro o palavrão, aos poucos se foi formando diante deles um grupo de curiosos.
Aconteceu passar por ali nessa hora um modesto funcionário público que levava para a escola, pela mão, o seu filho de sete anos. O menino parou, olhou para o muro e perguntou:
- Que é que está escrito ali, pai?
- Nada. Vamos andando, que já estamos atrasados...
O pequeno, entretanto, para mostrar aos circunstantes que já sabia ler, olhou para a palavra de piche e começou a soletrá-la em voz muito alta:
- Li-ber...
- Cala a boca, bobalhão! - exclamou o pai, quase em pânico. E, puxando com força a mão do filho, levou-o, quase de arrasto, rua abaixo.'
Incidente em Antares - Érico Veríssimo
PS: 20h e 6min pra te ver! Ansiedade a mil!